O cavalo de salto
- eponaperinatologia
- 31 de ago.
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Introdução
A sequência rápida de obstáculos, com tarefas variadas, exige:
boa técnica de salto
rapidez de reação e capacidade de concentração
obediência
qualidade e capacidade de galope (ajustável e com fôlego)
boa resposta às ajudas: encurtar rapidamente, também alongar/adiantar o ritmo quando solicitado, e manter o controle do cavaleiro sobre o traçado
ritmo
batida/“decolagem” potente
não “pendurar” no ar (evitar tempo de voo excessivo)
boa mentalidade
O objetivo maior é executar, de forma harmônica, um trabalho em conjunto cavalo–cavaleiro. A condição básica é uma formação ampla na base: isso precisa estar presente em bom nível, e o treinamento de base (de “adestramento”) deve ser continuamente desenvolvido.
Nem todo cavalo é adequado para a modalidade de salto. Um cavalo de salto precisa reunir características de temperamento, conformação (exterior) e técnica. E mesmo quando esses requisitos existem, não há garantia de que o cavalo suportará os níveis mais altos do esporte.
Deficiências de conformação podem, até certo ponto, ser compensadas por uma boa equitação. O cavaleiro precisa entender como certos elementos se inter-relacionam e ajustar o treino em função disso. Já a técnica inata de salto do cavalo é algo que se melhora muito pouco. O cavalo pode, no entanto, compensar uma técnica menos correta com outras qualidades positivas. Ainda assim, mesmo que o seu cavalo pareça um “saltador nato”, ele precisa de muita experiência para dominar a técnica correta.
Conformação de um bom cavalo de salto
Embora existam bons saltadores com falhas de conformação evidentes, em geral é possível identificar alguns traços marcantes:
um cavalo bem “fechado” (compacto)
ângulos favoráveis na garupa/posteriores
Um cavalo bem “fechado” (compacto)
modelo levemente retangular (um pouco mais longo do que alto)
dorso não muito longo
sem dorso “frouxo”/fraco
sem lombo “frouxo”/fraco
Cavalos com dorso comprido e frouxo têm mais dificuldade para se reunir e engajar os posteriores para uma boa batida na aproximação do salto. Já um cavalo com dorso curto costuma ter mais força nessa região, mas tende a ter mais dificuldade de relaxar/“soltar” o dorso, o que pode tornar o treinamento mais exigente. Apesar disso, esses cavalos frequentemente são mais rápidos nos desempates (barrage).
peito amplo, garantindo espaço adequado para pulmões e coração
Membros
boa curvatura/angulação na linha dos posteriores
jarretes bem angulados
quartelas não excessivamente moles/frouxas
tendões limpos e definidos; articulações fortes, largas e “secas” (sem empastamentos)
desvios de aprumos, quando leves, tendem a ter menor impacto e muitas vezes podem ser bem manejados pelo ferrageamento
cascos estreitos não são recomendados, pois o casco menor sofre maior sobrecarga
Pescoço e espádua (ombro)
pescoço longo, com musculatura superior bem desenvolvida (boa linha de cima)
Cavalos com pescoço muito fino e fraco têm mais dificuldade para se reunir e produzir uma batida correta no salto. Um subpescoço muito marcado pode ser atenuado com treinamento adequado. O pescoço é peça-chave para o equilíbrio.
evitar espádua muito vertical (muito “em pé”)
Cavalos com espádua excessivamente íngreme geralmente têm dificuldade em dobrar/recolher suficientemente os anteriores durante o salto.



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